Rússia pode encerrar turismo espacial a partir de 2010

O 'boom' econômico russo, estimulado pelo petróleo, aumentou o financiamento público do programa espacial

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Por Associated Press
Atualização:

A Rússia disse que deverá parar de vender assentos em suas naves espaciais para "turistas" a partir de 2010, por conta de uma expansão programada na tripulação permanente da Estação Espacial Internacional (ISS).   O chefe da Agência Espacial Federal, Anatoly Perminov, disse que a tripulação das missões de longa duração deverá subir de três para seis ou até nove. Isso significa que a Rússia terá menos vagas disponíveis para turistas em suas naves Soyuz, que são usadas no transporte de tripulações entre a Iss e a Terra.   Desde 2000, cinco cidadãos muito ricos compraram viagens à ISS, fazendo o percurso de ida e volta a bordo de naves russas. As viagens representaram uma nova fonte de receita para o programa espacial russo.   "Continuaremos a levar turistas à estação espacial, de acordo com os programas atuais, mas poderemos enfrentar problemas a partir de 2010, por causa do aumento previsto na tripulação", disse ele, de acordo com notícias divulgadas na Rússia.   O 'boom' econômico russo, estimulado pelo petróleo, aumentou o financiamento público do programa espacial, reduzindo a importância da receita de turismo.   O presidente Vladimir Putin prometeu, nesta sexta-feira, 11, aumentar a alocação de verbas para o programa espacial e pediu que as autoridades acelerem a construção de uma base de lançamentos no extremo oriente do país, para dar á Rússia a capacidade de realizar lançamentos com astronautas a partir de seu próprio território. Os lançamentos de astronautas administrados pela Rússia ocorrem a partir da base dE Baikonur, no Casaquistão, que já foi parte da União Soviética. Moscou paga um aluguel anual de US$ 115 milhões pela base. O contrato vai até 2050.   A base russa de Pletesk, no norte do país, é inadequada para o lançamento de missões tripuladas.   Perminov disse que o cosmódromo oriental, que deve começar a ser construído neste ano, estará pronto até 2015 e começará a lançar astronautas em 2020. Ele acrescentou que a Rússia continuará a usar Baikonur.

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