18 de março de 2011 | 09h04
Segundo Milton Ruiz Alves, oftalmologista do HC e professor da USP, depois de instalado em um olho, o vírus demora cerca de 48 horas para passar para o outro. Depois, o doente transmite o vírus por cerca de dez dias.
Contágio: A contaminação acontece por contato das mãos, compartilhamento de toalhas, talheres, sabonete, teclado de computador, telefone, maçaneta, etc. Também é possível transmitir por meio de gotículas de saliva.
O vírus sobrevive por várias horas na superfície. Por isso, espaços públicos, como metrô, ônibus e escadas rolantes, são potenciais locais de transmissão. "Imagine a pessoa que segura no corrimão da escada rolante e leva a mão ao olho. Se o corrimão estiver contaminado, certamente ela vai se infectar", diz Alves.
Ao contrário do que ocorre com outras doenças, como sarampo e catapora, a conjuntivite não garante imunidade para o paciente. Como o vírus sofre mutações frequentes, a pessoa pode estar contaminada, curar-se e voltar a se infectar.
Prevenção: Lave as mãos com frequência, use álcool gel e separe os objetos se tiver contato direto com uma pessoa contaminada.
Tratamento: Não há remédio para a doença. A única alternativa é reduzir o desconforto, com compressas de água fria para diminuir o inchaço e o edema. Em casos mais complicados, recomenda-se o uso de colírio com antibiótico.
Nos casos mais graves, a evolução é lenta e pode demorar até três semanas para curar. Nos casos leves, o problema pode regredir sozinho em dez dias.
Segundo a oftalmologista Elisabeth Nogueira Martins, da Unifesp, as pessoas não devem usar água boricada nem soro fisiológico para fazer a compressa. "Eles aumentam o risco de irritação e de contaminação, porque são embalagens grandes que não são descartadas na hora."
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