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Saladas e frutas são armas contra o envelhecimento

O hábito deve começar cedo, já no desmame da criança, segundo pesquisadora

Por Agencia Estado
Atualização:

Salada de agrião, tomate e manga no almoço. Sopa de legumes no jantar. No meio da tarde, que tal uma maçã? Ao contrário do que muitos dizem, verduras, legumes, frutas e cereais não curam. Mas protegem o corpo contra doenças degenerativas que costumam aparecer com a idade. Depois de anos pesquisando as propriedades dos vegetais, Rebeca de Angelis, professora aposentada do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP), está sempre com a geladeira cheia deles. "Não adianta esperar a doença chegar para começar a ter uma alimentação rica em vegetais", explica. "O hábito deve começar cedo, já no desmame da criança." Para quem já passou da infância, a professora Rebeca diz nunca ser tarde para incluir os vegetais nas refeições do dia-a-dia. Segundo seus estudos, cada indivíduo deve comer de três a quatro porções de legumes, verduras e cereais por dia, além de frutas na mesma quantidade. Cada porção equivale a meia xícara de chá. A escolha deve ser variada. Na lista de vegetais com efeitos protetores, estão até temperos como orégano, alecrim e sálvia. Estudos mostram que eles são antioxidantes. A oxidação é uma reação química que ocorre dentro do organismo, com efeitos nocivos. Um exemplo é a oxidação de colesterol LDL (o mau colesterol). Com o tempo, o LDL oxidado pode provocar o entupimento de vasos sangüíneos e enfarte. Apesar de a soja ter conquistado a fama de ser rica em fitoestrógeno, nutriente parecido com o hormônio feminino estrógeno, ela não é a única. "Todas as leguminosas têm fitoestrógeno." O popular feijão, a lentilha e o grão-de-bico, por exemplo, fazem parte dessa lista. "São ótimos repositores hormonais, sem provocar efeito colateral." E quem diria que nas folhas há uma substância capaz de proteger o corpo contra a pressão alta? É o ácido fólico. Para aqueles que querem pegar um atalho e substituir os vegetais por cápsulas de seus extratos, Rebeca alerta: "Não é a mesma coisa. Os alimentos têm a substância na dose certa."

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