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Sapo tido como extinto é redescoberto

Morador da Mata Atlântica, um dos biomas mais ameaçados do planeta, o sapo P. gaigeae foi retratado seis décadas atrás pelo médico brasileiro Adolpho Lutz

Por Agencia Estado
Atualização:

Quem diria que um animal tão pequeno causaria tamanho espanto. Um grupo de pesquisadores do Museu de Zoologia da USP redescobriu no interior do Estado o sapinho Paratelmatobius gaigeae, de apenas alguns centímetros, considerado extinto desde a década de 1930. O trabalho em campo também rendeu a possível descoberta de duas novas espécies, um anfíbio e um réptil. Morador da Mata Atlântica, um dos biomas mais ameaçados do planeta, o P. gaigeae foi retratado seis décadas atrás pelo médico brasileiro Adolpho Lutz. Ele recolheu dois espécimes em 1931 na Fazenda do Bonito, na Serra da Bocaina, na divisa entre o Rio e São Paulo, e pintou retratos de seu dorso e da barriga vermelha. Foi com base nessas pranchas coloridas que a espécie foi descrita em 1938, mas depois os exemplares sumiram. Assim como o sapo, na natureza. A nova população foi encontrada na Estação Ecológica de Bananal, administrada pelo Instituto Florestal de São Paulo, um exemplo de Mata Atlântica de altitude espalhado por uma área de 884 hectares. Desde já, a espécie é considerada ameaçada de extinção. "A estação é quase uma ilha", conta o curador da coleção de Herpetologia (que trata de anfíbios e répteis) do museu, Hussam Zaher, chefe do trabalho em campo.

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