08 de outubro de 2010 | 18h58
Sarkozy pareceu tenso antes do encontro com o papa, mas se mostrou mais relaxado após o diálogo, que durou pouco mais de meia hora e se concentrou em temas internacionais, de acordo com um comunicado do Vaticano.
A visita, organizada a pedido do mandatário, aconteceu depois que o governo francês recebeu duras críticas dos bispos católicos pela retirada, em agosto, de vários acampamentos ilegais de ciganos e a repatriação a força de centenas de imigrantes deste grupo étnico.
Nesse mês, o pontífice fez uma aparente referência à perseguição contra os ciganos durante um sermão no qual começou a falar em francês para pedir "que a diversidade humana seja aceita".
Depois da reunião de sexta-feira, Sarkozy visitou brevemente a Basílica de São Pedro e a capela de Santa Petronilla, uma mártir cristã venerada pela Igreja na França, onde o cardeal Jean-Louis Tauran pediu "uma oração para o país".
Não houve nenhuma declaração pública sobre a controvérsia em torno do tema dos ciganos, mas a oração do cardeal incluiu um pedido "para dar as boas vindas aos perseguidos e aos imigrantes".
Foi a primeira vez que um presidente francês participou de uma cerimônia deste estilo desde o início da Quinta República, em 1958.
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