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Sonda da Nasa fotografa redemoinhos sobre o solo de Marte

O redemoinho fotografado estava a cerca de 1 km da sonda, e tinha por volta de 5 metros de diâmetro

Por Carlos Orsi
Atualização:

A câmera da sonda Phoenix, da Nasa, fotografou um redemoinho de poeira passando pela área de pouso na região ártica do planeta. Foram feitos quatro quadros, a intervalos de 50 segundos. De acordo com a Nasa, nenhum redemoinho havia sido detectado até o 104º dia da missão, 9 de setembro, mas nessa data  foram observados pelo menos seis.   Comando da Phoenix quer prorrogar missão até novembro  Composto de cloro no solo de Marte surpreende a Nasa  Imagens da missão Phoenix  Nasa confirma água em Marte e prorroga missão da Phoenix Marte tinha áreas habitáveis quando a vida começava na Terra   Redemoinhos forma-se quando o Sol aquece a superfície. O solo mais quente aquece a camada da atmosfera  mais próxima, e o ar quente ascende num movimento espiralado, agitando a poeira no chão.     O redemoinho fotografado estava a cerca de 1 km da sonda, e tinha por volta de 5 metros de diâmetro. Ele é muito menor que os redemoinhos observados por sondas orbitais mais perto do equador marciano. Técnicos da Nasa dizem que, como o ar em Marte é muito fino - com menos de 1% da pressão da atmosfera terrestre - mesmo a passagem de um redemoinho diretamente sobre a sonda provavelmente não causaria problemas. "Eles talvez pudessem limpar meus painéis", diz a página oficial da Phoenix na rede social Twitter.   A Phoenix chegou a Marte numa época em que a região onde se encontra, perto do pólo norte, recebia iluminação solar ininterruptamente, como no "sol da meia-noite" do ártico terrestre. Há algumas semanas, no entanto, o Sol começou a se pôr. O primeiro crepúsculo foi registrado pela Phoenix no 86º dia da missão, e ficou abaixo do horizonte ártico por cerca de meia hora. Recentemente, a Phoenix fotografou cristais de gelo aderidos às suas pernas.   A redução na energia solar disponível diminui a eficiência da sonda, e a Nasa pretende acelerar o uso dos instrumentos que dependem de um uso intensivo de eletricidade, como os fornos para aquecer amostras, o laboratório de análise química e o braço robótico que realiza escavações.   Os cientistas responsáveis pela missão já anunciaram que pretendem usar cada uma das quatro últimas câmaras do forno em seqüência, ativando uma sem esperar pelos resultados da anterior.   Prevista para durar três meses e com encerramento originalmente marcado para o final de agosto, a missão já está no meio de uma prorrogação de cinco semanas, que vai até o fim de setembro. Mesmo com o declínio da energia solar, os cientistas aguardam decisão sobre um novo pedido de ampliação, desta vez até 18 de novembro.

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