13 de novembro de 2014 | 18h40
A sonda, chamada Philae, se desprendeu de sua nave-mãe, a Rosetta, na quarta-feira enquanto orbitava o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, o clímax de uma missão de uma década da agência.
Mas os arpões feitos para ancorar a sonda à superfície do cometa não funcionaram e ela saltitou duas vezes antes de parar, duas horas mais tarde. A ESA terá que analisar os dados enviados para a Terra de uma distância de meio bilhão de quilômetros para precisar sua localização.
“Onde estamos não é exatamente onde queríamos estar”, declarou o cientista responsável pelo pouso da sonda, Jean-Pierre Biebring, em uma entrevista coletiva.
A ESA já publicou fotos do cometa e imagens da sonda de 100 quilos --virtualmente sem peso na superfície do cometa-- e afirmou que ela operava normalmente.
"Não coloquem a ênfase nas falhas do sistema, é lindo onde estamos agora", disse Biebring.
Na sombra, as placas solares da Philae, que deveriam abastecer a sonda quando suas baterias acabarem na sexta-feira, só recebem uma hora e meia de luz solar por dia, em vez das seis a sete horas esperadas.
Os cientistas esperam que as amostras obtidas durante as perfurações da Philae no cometa desvendem detalhes sobre como os planetas, e possivelmente até a vida, evoluem. A rocha e o gelo que formam os cometas preservam moléculas orgânicas como uma cápsula do tempo.
(Reportagem adicional de Victoria Bryan, em Berlim; e de Irene Klotz, em Cabo Canaveral)
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