Suíça aprova uso de embriões humanos em pesquisas

Em plebiscito, suíços decidiram permitir uso de embriões descartados em clínicas para estudos sobre células-tronco

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Por Agencia Estado
Atualização:

Num plebiscito realizado no domingo, os suíços aprovaram a utilização de embriões humanos em pesquisas sobre células-tronco, voltadas principalmente para a busca de tratamento em casos de doenças ainda sem cura, como Parkinson, diabete e Alzheimer. Nas urnas, 66,4% dos suíços aprovaram a liberação e 33,6% votaram contra. A legislação aprovada estabelece que somente serão usados embriões excedentes obtidos por fecundação in vitro em clínicas de reprodução assistida, com o consentimento expresso dos genitores. Ou seja, não poderão ser produzidos embriões com o fim específico de fornecer células-tronco. Também está proibida a clonagem de embriões humanos para este fim. Os embriões excedentes cujo uso científico não for autorizado pelos genitores serão imediatamente destruídos pelas clínicas. Quando houver autorização expressa, os cientistas ainda terão de submeter um outro pedido de autorização à Comissão Federal de Ética, que terá de analisar caso a caso. A legislação proíbe também qualquer relação comercial envolvendo embriões humanos, assim como a importação ou exportação. Assim como em outros países, a discussão sobre o uso de embriões humanos dividiu os suíços entre os favoráveis, que defendem o aproveitamento científico de blastocistos excedentes e destinados ao lixo, e os contrários, que classificam os embriões como seres vivos ou temem o descontrole ético sobre este tipo de atividade, entre outros argumentos. No fim, a Suíça se tornou mais um país europeu a aprovar o uso de embriões humanos em pesquisas científicas sobre células-tronco. Em outubro a Espanha aprovou medida semelhante, e o Reino Unido - que autorizou há mais de três anos as pesquisas neste campo - liberou inclusive a clonagem de embriões humanos com fins científicos.      leia mais sobre células-tronco

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