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Syngenta espera CTNBio com soja e milho transgênicos

No mapa traçado pela Syngenta, os países de futuro em transgênicos são os que possuem maiores áreas destinadas à agricultura, como EUA, França, Canadá, Brasil, Argentina, Austrália, Índia, Ucrânia e China

Por Agencia Estado
Atualização:

Assim que a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) der o sinal verde para o plantio de sementes transgênicas no Brasil, a multinacional suíça Syngenta Seeds entrará em ação. A empresa solicitou à CNTBio a liberação comercial de sementes transgênicas de milho com resistência a insetos. E tem um acordo com outra empresa do ramo para comercializar soja com tolerância ao defensivo Glifosato. "Assim que for possível, faremos produção comercial desse atributo", informa o gerente de novos cultivos e comunicação da Syngenta no Brasil, Wilhelmus Uitdewilligen. O maior centro de pesquisas da Syngenta Seeds na América Latina está localizado em Uberlândia (MG). Na unidade, a indústria pesquisa culturas de milho, soja, algodão e sorgo. Em parceria com a empresa de pesquisa agropecuária Epagri, de Itajaí (SC), a Syngenta desenvolve o melhoramento genético do arroz, realizando sua parte do estudo no Rio Grande do Sul. Em Itatiba (SP), a Syngenta pesquisa sementes de hortaliças concentradas. Mapa No mapa traçado pela Syngenta, os países de futuro em transgênicos são os que possuem maiores áreas destinadas à agricultura, como EUA, França, Canadá, Brasil, Argentina, Austrália, Índia, Ucrânia e China. "Creio que todos terão agricultura com plantas transgênicas", prevê Wilhelmus Uitdewilligen. O maior programa de pesquisas da Syngenta, no entanto, ainda se encontra nos Estados Unidos. "É o país mais importante para a agricultura no mundo", diz Wilhelmus Uitdewilligen. Ele destaca outras atuações importantes da companhia no Canadá, Argentina, Colômbia, África do Sul, Zimbábue, França, Alemanha, Itália, Espanha, Índia, Tailândia, Coréia do Sul, Austrália e Japão. China Na China, a companhia dá os primeiros passos, mas ainda não comercializa sementes transgênicas. "Não trabalhamos com grandes cultivos na China. Nosso grande interesse é por espécies de horta", assinala o gerente. Ele disse que a China foi o primeiro país no mundo a liberar o cultivo de sementes transgênicas, antes mesmo dos Estados Unidos. Em 1992, o país plantava tabaco e tomate transgênicos. Segundo o executivo da Syngenta, a China é um dos países mais desenvolvidos tanto no emprego da tecnologia como em pesquisa e desenvolvimento da biotecnologia. "O país é um dos mais importantes no emprego da biotecnologia e deve continuar a sê-lo a médio prazo", avalia. Genoma Em nível mundial, a indústria estuda ativamente o seqüenciamento de fungos causadores de doenças em plantas e, recentemente, anunciou o resultado da primeira etapa. Quanto ao arroz, a empresa fez o seqüenciamento do genoma e, agora, estuda cada um dos 47 mil genes da semente para identificar as proteínas e entender sua contribuição no desenvolvimento da espécie vegetal. Mais de 90% dos genes presentes no arroz também fazem parte de outras espécies vegetais, provavelmente com funções similares. Uma vez entendida a função de certas proteínas da planta e quais os genes que as codificam, torna-se muito mais fácil fazer o melhoramento genético das espécies. "Pela análise das proteínas da planta podemos descobrir sua resistência a doenças e incorporar resistência a moléstias, incorporando apenas determinados genes", exemplifica o especialista. Segundo ele, hoje o processo é feito por tentativa e erro. Uma vez que as proteínas estiverem mapeadas, o trabalho será mais rápido e objetivo. Paralelo a isso, a indústria estuda ativamente o seqüenciamento de fungos causadores de doenças em plantas.

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