Tartaruga rara é tratada para ser devolvida ao mar

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Por Agencia Estado
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Uma rara tartaruga de couro está sendo tratada com antibióticos pela equipe do Aquário Municipal de Santos e deve ser devolvida entre hoje e amanhã ao mar. O exemplar - um macho jovem de 1,49 metro de comprimento por 0,98 metro de largura e que pesa 200 quilos - foi encontrado no sábado em Praia Grande e removida ao Aquário pelos bombeiros, que tivera, de usar seis homens para transportar o animal. A tartaruga teve uma de suas nadadeiras amputadas e está passando por um processo lento de cicatrização, que pode demorar até seis meses. Além disso, apresenta escoriações na cabeça e tem seu casco ferido. Em outubro ela já havia encalhado em Cananéia, extremo sul do litoral paulista, foi medicada pelo Projeto Tamar e devolvida ao mar. Como é uma espécie que habita as regiões profundas do mar, raramente chega às praias. As fêmeas quando vão fazer a desova e os machos só quando encalham ou estão feridos. "Vamos soltá-la o mais rápido possível, pois essa espécie não suporta o cativeiro, fica estressada e o ideal é a volta ao mar o mais rápido possível. É preciso pesar o que é melhor para ela", disse a bióloga do Aquário, Andréa Maranho, que calcula amanhã como o prazo máximo para a devolução ao mar, mesmo sem estar ainda completamente recuperada. Ela será solta em alto mar e Andréa acredita que o animal acabará se adaptando à falta de uma nadadeira. "Isso ocorre com freqüência e acabam se adaptando às novas condições". Conhecida como tartaruga de couro, tem nome científico de "Dermochellys couriacea" e, adulta, pode chegar a 600 quilos. É uma espécie em extinção e como seu habitat são as águas profundas dos oceanos Atlântico e Índico, são pouco conhecidas. No Brasil, as fêmeas são vistas nas praias do Espírito Santo quando vão desovar. "Não são mais de dez", completa a bióloga Andréa Maranho.

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