PUBLICIDADE

Terapia genética fortalece músculos em macacos

Vírus insere gene extra nas células e estimula aumento de massa muscular em teste com animais

Por Associated Press
Atualização:

Um tratamento de terapia genética que detém o colapso dos músculos mostrou ser seguro em macacos e pode ser usado para aumentar a massa muscular também, informam pesquisadores nesta quarta-feira, 11.

 

PUBLICIDADE

A abordagem está sendo desenvolvida na esperança de tratar a fraqueza muscular causada pela esclerose múltipla, distrofia muscular e doenças neurodegenerativas, mas o progresso nos estudos tem sido lentos por conta de preocupações com segurança.

 

Janaiah Kota, do Centro de Terapia Genética do Nationwide Children's Hospital de Columbus, Ohio, e colegas usaram um vírus modificado para carregar um gene para o interior dos músculos das pernas de macacos saudáveis.

Comparação de músculo de macaco normal (esq) com animal tratado com o vírus. Divulgação

 

O gene faz com que as células produzam folistatina humana, que interfere com outra substância, a miostatina. Miostatina desmancha o músculo e portanto, em teoria, o acréscimo de folistatina deveria encorajar o crescimento muscular.

 

A nova terapia penetrou em segurança nos músculos dos macacos e, em três meses, os músculos do animais haviam crescido, informam os cientistas na revista especializada   Science Translational Medicine.

 

Os efeitos duraram pelo menos 15 meses, informam os autores do trabalho. Nenhum outro órgão parece ter sido afetado.

Publicidade

 

"Nossos resultados, juntamente com descobertas feitas em camundongos, sugerem que a terapia com AAV1-FS344 pode melhorar a massa e o funcionamento muscular em pacientes com certos distúrbios musculares degenerativos", escreveram.

 

Mas eles destacam que os animais são apenas modelos experimentais.

 

"A despeito dos efeitos benéficos da terapia genética de folistatina em macacos, esses animais não tinham doença degenerativa muscular, e portanto nossas descobertas podem não se traduzir com sucesso para tratamentos clinicamente eficientes para tais doenças", escrevem.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.