Trecho paulista do Paraíba do Sul não será contaminado

A distância de cerca de 400 quilômetros entre a divisa do trecho paulista do Paraíba do Sul e o local do acidente ambiental e a geografia do rio livram o Estado de São Paulo de qualquer conseqüência

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Comitê para Integração das Bacias Hidrográficas do Paraíba do Sul (Ceipav) lamentou o derramamento de 20 milhões de litros de produtos tóxicos nos rios Pomba e Paraíba do Sul, em Cataguases (MG), mas afirmou que o trecho do rio no Estado de São Paulo, que passa por 39 cidades do Vale do Paraíba, não será afetado. A distância de cerca de 400 quilômetros entre a divisa do trecho paulista do Paraíba do Sul e o local do acidente ambiental e a geografia do rio livram o Estado de São Paulo de qualquer conseqüência. ?Aqui em São Paulo o Paraíba está imune a este problema.? Segundo o secretário-executivo do órgão, Edílson de Paula Andrade, a alta periculosidade dos produtos derramados é o que torna o crime ambiental ainda mais grave. ?Além da grande mortandade de peixes e a destruição de um projeto de recuperação do meio-ambiente, o vazamento ainda provocou a contaminação da água e a paralisação no abastecimento de várias cidades, como Campos, onde moram cerca de 300 mil pessoas.? Nesta semana, empresas do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo que utilizam a água do Rio Paraíba do Sul iniciaram o pagamento pelo uso da água, instituído por lei federal. Indústrias e empresas de saneamento pagam R$ 0,02 para cada mil litros de água captada e devolvida suja ao rio. O valor da taxa cai para R$ 0,008 se a água for tratada antes de ser despejada no rio. Com o pagamento, a Agência Nacional da Água espera arrecadar 11 milhões de reais em um ano. No primeiro mês de pagamento, o Ceivap estima que R$ 900 mil foram arrecadados. ?Ainda não temos a totalização, mas, pelo que pudemos verificar, o índice de inadimplência foi baixo? afirmou o secretário. Neste ano, o Ceivap espera que seja iniciada a cobrança de taxa sobre o uso da água dos rios paulistas. ?O projeto está na Assembléia e esperamos urgência na votação por parte dos deputados.? De acordo com Andrade, a partir da votação e aprovação da lei paulista, a cobrança será iniciada imediatamente.

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