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Vaca-louca não atinge outras espécies, diz estudo

Cientistas dos EUA não vêem evidência de que doença em bovinos possa contaminar ovelhas e outras duas espécies

Por Agencia Estado
Atualização:

Por vários anos, houve especulação de que o gado britânico poderia ter contraído a encefalopatia espongiforme bovina (EEB), também conhecida por doença da vaca louca, das ovelhas, que sofrem de uma variante da doença conhecida por scrapie. No entanto, cientistas americanos dizem agora estar confiantes de que aquele tipo de transmissão não é possível. Edward Knipling, diretor do Serviço de Pesquisa Agrícola dos EUA, disse à agência Dow Jones que a pesquisa realizada nos últimos anos mostra que as encefalopatias espongiformes transmissíveis, com variantes em vacas, ovelhas, veados e alces, não podem pular de espécie para espécie. A scrapie foi encontrada em mais de mil rebanhos de ovelhas nos EUA desde que foi detectada pela primeira vez no país, em 1947. Só anomalias Nunca houve uma evidência clara de que a variante de veados e alces, chamada de doença do desgaste crônico (CWD), pode ser passada como EEB para vacas, embora a possibilidade tenha sido uma preocupação permanente para autoridades do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) e da indústria. "Quando infectamos artificialmente as vacas com os agentes da scrapie e da CWD - literalmente pegando um tecido infectado de uma ovelha ou de um veado e injetando-o no cérebro da vaca - o resultado não foi a criação da EEB", disse Knipling. Cientistas notaram algumas anomalias nos animais que tiveram tecidos infectados injetados em seu sistema, mas não houve sinais de que o animal contraiu a EEB.

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