Vaticano iniciará campanha mundial para moratória do aborto

Cardeal garante que a iniciativa não se dirige a nenhum país específico, mas começará na América Latina

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Por EFE
Atualização:

aticano iniciará na América Latina uma campanha mundial para promover o pedido de uma "moratória mundial" do aborto junto às Nações Unidas, explicou o presidente do Conselho Pontifício para a Família, Alfonso López Trujillo, em entrevista publicada nesta quarta pelo jornal La Repubblica. O cardeal colombiano será o enviado do Vaticano para explicar a iniciativa aos líderes de cada país. A missão começará na América Latina para depois passar por América do Norte, África, Ásia e Europa.  A campanha pretende "conseguir levar um pedido de moratória ao aborto às Nações Unidas, como conseguiu no caso da pena de morte", acrescentou o cardeal.  López Trujillo explicou que a campanha sobre o aborto, que ainda não se sabe quando começará, é necessária, pois "existe muita confusão" sobre o assunto, principalmente entre os católicos.  O cardeal garante que a iniciativa não se dirige a nenhum país específico, mas pretende "chamar a atenção sobre um drama que toca as consciências de todos".  Ele garantiu que a Igreja "não quer causar polêmicas" e só pretende divulgar a doutrina católica.  "Começaremos na América Latina e encontraremos governos de todas as ideologias, também marxistas e socialistas, pois o aborto não é um problema italiano ou europeu, mas mundial e a Santa Sé quer eliminá-lo", explicou.  A viagem servirá também para mostrar a posição da Igreja Católica "sobre todos os aspectos relacionados à defesa da vida e também sobre a fecundação", acrescentou.  López Trujillo explicou que a Igreja Católica rejeita o aborto em caso de grande risco para a mãe. Nestes casos, "tem que se fazer o possível para salvar os dois", afirmou.  A proposta de uma campanha contra o aborto foi lançada pelo jornalista italiano e diretor do jornal Il Foglio, Giuliano Ferra, e o Vaticano imediatamente se mostrou disposto a promovê-la.

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