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Vaticano volta a condenar declarações de lefebvrianos

Porta-voz afirmou que é 'muito grave' que este revisionismo saia 'da boca de um sacerdote ou de um prelado'

Por Efe
Atualização:

O Vaticano voltou nesta sexta-feira, 30, a condenar o Holocausto e a negação do mesmo feita por um bispo e um sacerdote lefebvriano, ao afirmar que quem nega este episódio ignora a cruz e que é "muito grave" que este revisionismo saia "da boca de um sacerdote ou de um prelado". Veja também: Vídeo: A polêmica entrevista do bispo Williamson Mais um sacerdote lefebvriano questiona o Holocausto Rabinato de Israel rompe relações com a Santa Sé Papa divide Vaticano ao reabilitar bispo que nega o Holocausto Grupo católico pede desculpas por membro que negou o Holocausto "Quem nega a Shoah (Holocausto) não sabe nada nem do mistério de Deus nem da Cruz de Cristo e é muito mais grave se a negação sai da boca de um sacerdote ou de um bispo, ou seja, de um ministro cristão, esteja unido ou não à Igreja Católica", afirmou nesta sexta-feira, 30, o porta-voz do Vaticano, o jesuíta Federico Lombardi. Em um editorial intitulado "Shoah e mistério de Deus", lido na Rádio Vaticano, Lombardi lembrou as palavras de Bento XVI no último dia 28 quando disse que a Shoah "tem que fazer refletir sobre o imprevisível poder do mal quando conquista o coração do homem". O jesuíta afirmou que Bento XVI "não só condenou qualquer forma de esquecimento e de negação da tragédia do extermino de seis milhões de judeus", mas também pediu um exame de consciência de cada homem para que se pergunte pelas causas desta tragédia. Lombardi acrescentou: "não podemos e não devemos negar o Holocausto". Com este novo discurso de Lombardi, o Vaticano condena as afirmações do bispo Richard Williamson, que negou o Holocausto e a existência das câmaras de gás, e as pronunciadas ontem pelo sacerdote lefebvrianos Floriano Abrahamowicz, que apoiou as teses revisionistas de seu companheiro.

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