Vitamina C não evita resfriado, diz estudo

Pessoas que tomam vitamina C têm as mesmas chances de pegar um resfriado. Mas duração da doença pode ser menor

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Por Agencia Estado
Atualização:

A ingestão de vitamina C não protege de forma significativa contra o resfriado, exceto em pessoas que praticam uma atividade física extrema, segundo um novo estudo. Os soldados e esquiadores estão entre os subgrupos que mais se beneficiam da ingestão de doses suplementares de vitamina C, assim como os maratonistas, aponta o professor Bob Douglas, da Universidade Nacional da Austrália. "Os maratonistas são o caso mais explícito, mas não acredito que se possa dizer que a vitamina C protege do mesmo modo as pessoas que fazem uma atividade física normal ou que estejam expostas ao frio", disse. "Para as pessoas comuns, pode-se pensar que não há muita diferença. Não reduz o risco, ainda que a duração de seu resfriado provavelmente seja mais curta, de meio dia ou um dia", explicou o professor. O estudo sobre o impacto da vitamina C na prevenção de catarros e gripes foi publicado na edição eletrônica da revista médica americana PLoS Medicine e realizado em colaboração com a Universidade de Helsinque (Finlândia). O trabalho inclui a análise de 55 pesquisas feitas nos últimos 65 anos e constitui o maior estudo feito sobre o tema até hoje. Quase a metade das pesquisas anteriores concluiu que a ingestão diária de pelo menos 200 miligramas de vitamina C não tem nenhuma influência sobre a incidência do resfriado comum. A teoria de que a vitamina C previne e ajuda a vencer resfriados ganhou força a partir da década de 1970, com os livros e a defesa incondicional dessa idéia por parte de Linus Pauling (1901-1994), Nobel de Química e da Paz. Mas muitos cientistas têm levantado dúvidas desde então. acesse:  Vitamin C for Preventing and Treating the Common Cold, de Robert M. Douglas e Harri Hemilä Nota do Editor: Este texto é nova versão, que substitui integralmente o original. Na versão anterior, da BBC Brasil, usava-se equivocadamente o termo "gripe" em lugar de "resfriado". Adicionamos também o link direto para o estudo publicado na PLoS Medicine

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